"EU NÃO SEI DIZER
NADA POR DIZER
ENTÃO EU ESCUTO
SE VOCÊ DISSER
TUDO O QUE QUISER
ENTÃO EU ESCUTO
FALA FALA
SE EU NÃO ENTENDER
NÃO VOU RESPONDER
ENTÃO EU ESCUTO
EU SÓ VOU FALAR
NA HORA DE FALAR
ENTÃO EU ESCUTO
FALA FALA"
(Fala - Secos e molhados)
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Mudanças II
Acordou com uma imensa dor de cabeça, daquela escuridão.
Abriu a janela, como se fosse o remédio. O dia estava nublado. As paredes do quarto estavam sujas.
Sol brincalhão, e preguiçoso, que nunca aparece quando se necessita.
Sentiu falta. Deu saudade. Estava sozinho.
Mas na sua mente tinha boas lembranças. Não passara tudo em vão.
Aprendeu muitas coisas, e muitas mesquinharias também. Ficou escroto, perdeu muito, e ficou assim, sozinho.
Se tornava necessário agora,reaprender.
Deu vontade de chorar, a lágrima caiu da pupila e parou em algum lugar que ninguém via.
Queria ser visto, mas não queria mostrar a origem daquela gota salgada.
Como se colocasse em vitrine, queria mostrar só o seu melhor, ou o que os outros queriam ver.
Começou a se esquecer. E a esquecer os outros.
Ficava com medo, quando se via sozinho, no meio de tanta gente. Não entendia nada.
...
Dormia. E acordava com a esperança de abrir a janela, e encontrar um dia azul e com Sol. Mas o dia continuava nublado.
Olhou para as paredes do quarto.
Amarelo, pensou.
Não tinha vontade, mas foi na rua mesmo assim.
Comprou amarelo, mesmo. E pintou todo o quarto daquela cor.
Quando acabou estava cansado, se sentiu um pouco realizado, e um sorriso começou a se esboçar em seu rosto.
Mas sentia falta de algo.
Dormiu.
Acordou e não abriu a janela. Ficou ali, olhando pra parede.
Resolveu desenhar-se nela.
Pegou umas tintas diversas, e caricaturou-se no amarelo.
Quando terminou, ria sem parar.
Resolveu continuar, e colocar outras pessoas também.
Quando terminou,ria sem parar.
Ficou cansado e dormiu. Sonhou. E acordou com novos pensamentos e companhias. De cada imagem, desenhava-as no amarelo. E ria mais ainda, sem parar.
Abriu a janela, o dia estava nublado.
Mas lágrimas não caiam mais.
Abriu a janela, como se fosse o remédio. O dia estava nublado. As paredes do quarto estavam sujas.
Sol brincalhão, e preguiçoso, que nunca aparece quando se necessita.
Sentiu falta. Deu saudade. Estava sozinho.
Mas na sua mente tinha boas lembranças. Não passara tudo em vão.
Aprendeu muitas coisas, e muitas mesquinharias também. Ficou escroto, perdeu muito, e ficou assim, sozinho.
Se tornava necessário agora,reaprender.
Deu vontade de chorar, a lágrima caiu da pupila e parou em algum lugar que ninguém via.
Queria ser visto, mas não queria mostrar a origem daquela gota salgada.
Como se colocasse em vitrine, queria mostrar só o seu melhor, ou o que os outros queriam ver.
Começou a se esquecer. E a esquecer os outros.
Ficava com medo, quando se via sozinho, no meio de tanta gente. Não entendia nada.
...
Dormia. E acordava com a esperança de abrir a janela, e encontrar um dia azul e com Sol. Mas o dia continuava nublado.
Olhou para as paredes do quarto.
Amarelo, pensou.
Não tinha vontade, mas foi na rua mesmo assim.
Comprou amarelo, mesmo. E pintou todo o quarto daquela cor.
Quando acabou estava cansado, se sentiu um pouco realizado, e um sorriso começou a se esboçar em seu rosto.
Mas sentia falta de algo.
Dormiu.
Acordou e não abriu a janela. Ficou ali, olhando pra parede.
Resolveu desenhar-se nela.
Pegou umas tintas diversas, e caricaturou-se no amarelo.
Quando terminou, ria sem parar.
Resolveu continuar, e colocar outras pessoas também.
Quando terminou,ria sem parar.
Ficou cansado e dormiu. Sonhou. E acordou com novos pensamentos e companhias. De cada imagem, desenhava-as no amarelo. E ria mais ainda, sem parar.
Abriu a janela, o dia estava nublado.
Mas lágrimas não caiam mais.
terça-feira, 22 de abril de 2008
Flor
Onde ela estava que eu não tinha visto?
Se os beija-flores não a tivessem despetalado
Talvez, eu a aprovasse.
Se os beija-flores não a tivessem despetalado
Talvez, eu a aprovasse.
terça-feira, 1 de abril de 2008
Empiripocando-se
Um tic-tac de palmas
Um bum-bum dos olhos
São as cores no coração
de um fio salpicado sem caminho
sem direção
Olhar perdido -horizonte de sensação-
Tempo sem resposta - telefone angustiante-
Uma pulga escondida
Um pingo sem cansaço
Uníssono no abismo
Num peito tranqüilo
Um beijo sem lábio.
Verde relaxante
Escolha refinada
Desejo abraçado
Fuga retardada
Pro único momento
Sinal amarelo.
Um bum-bum dos olhos
São as cores no coração
de um fio salpicado sem caminho
sem direção
Olhar perdido -horizonte de sensação-
Tempo sem resposta - telefone angustiante-
Uma pulga escondida
Um pingo sem cansaço
Uníssono no abismo
Num peito tranqüilo
Um beijo sem lábio.
Verde relaxante
Escolha refinada
Desejo abraçado
Fuga retardada
Pro único momento
Sinal amarelo.
Pelúcia
Sorrisinho bom que se faz nos dias de frio.
Coração apressado que pesa tanto.
Encanta minha alma, e me faz leve
pra fechar os olhos e poder voar
sempre.
Coração apressado que pesa tanto.
Encanta minha alma, e me faz leve
pra fechar os olhos e poder voar
sempre.
sábado, 23 de fevereiro de 2008
Rosas
“Nada existe que não se esqueça, alguém insiste e fala ao coração
Tudo de triste existe que não se esquece, alguém insiste e fere o coração”
Começou tudo numa brincadeira, numa brincadeira gostosa de mergulhar
Sem vontade de voltar a superfície, pra respirar.
Tudo a volta difuso, e estranho
Mas aonde eu estava, era bom de estar.
E por segundos, tudo pareceu não poder mudar.
Não me preocupava, não pensava, só sentia.
Algo aconteceu. Conheci alguém.
Alguém que me fez pensar.
E sem sair daquele encanto, me vi mergulhada em outro.
E tive mais vontade de encontrar esse outro,tão difuso quanto eu.
O tempo passou, e eu sai desse mar.
Em qual mar, ele se encontra?
Agora, tenho caminhado...a terra nos meus pés
Não me deixa me encantar novamente
Mas me deixa me encontrar.
Os corpos que vejo agora, não são mais difusos,
Mas suas almas são mais distantes.
Meu ambiente é de rosas.
Elas são meus amores.
Queria ser só olhos
Só para olhá-las.E amá-las.
Mas meus dedos existem, e tenho vontade de senti-las
Pego suas pétalas em minha mão, e por um momento
Elas fazem parte de mim.
E eu sou só delas, mesmo que eu não faça parte delas.
Esse é o nosso momento, nosso silêncio,nosso acordo.
Agora estou encontrando outra alma.
Alguém que me faz sentir.
É estranho, mas não tenho medo.
É estranho aguardar o que não se sabe o que vai aguardar.
Mas sei que tenho que aguardar.
Mudanças ocorrem em mim. E meus olhares não são mais os mesmos.
Não sei o que são, não sei...
Mas tudo parece tão simples.
Não tenho pressa.
Hora de mudar... simplesmente isso.
Sem medo... eu me apresento.
Para quem pode me achar.
Tudo de triste existe que não se esquece, alguém insiste e fere o coração”
Começou tudo numa brincadeira, numa brincadeira gostosa de mergulhar
Sem vontade de voltar a superfície, pra respirar.
Tudo a volta difuso, e estranho
Mas aonde eu estava, era bom de estar.
E por segundos, tudo pareceu não poder mudar.
Não me preocupava, não pensava, só sentia.
Algo aconteceu. Conheci alguém.
Alguém que me fez pensar.
E sem sair daquele encanto, me vi mergulhada em outro.
E tive mais vontade de encontrar esse outro,tão difuso quanto eu.
O tempo passou, e eu sai desse mar.
Em qual mar, ele se encontra?
Agora, tenho caminhado...a terra nos meus pés
Não me deixa me encantar novamente
Mas me deixa me encontrar.
Os corpos que vejo agora, não são mais difusos,
Mas suas almas são mais distantes.
Meu ambiente é de rosas.
Elas são meus amores.
Queria ser só olhos
Só para olhá-las.E amá-las.
Mas meus dedos existem, e tenho vontade de senti-las
Pego suas pétalas em minha mão, e por um momento
Elas fazem parte de mim.
E eu sou só delas, mesmo que eu não faça parte delas.
Esse é o nosso momento, nosso silêncio,nosso acordo.
Agora estou encontrando outra alma.
Alguém que me faz sentir.
É estranho, mas não tenho medo.
É estranho aguardar o que não se sabe o que vai aguardar.
Mas sei que tenho que aguardar.
Mudanças ocorrem em mim. E meus olhares não são mais os mesmos.
Não sei o que são, não sei...
Mas tudo parece tão simples.
Não tenho pressa.
Hora de mudar... simplesmente isso.
Sem medo... eu me apresento.
Para quem pode me achar.
terça-feira, 5 de fevereiro de 2008
Casos I
- Quem ele acha que é?
A cabeça dela estava quente. Não agüentava mais o jeitinho do neguinho.
Marrento, galinha, safado, canalha, enfileirava rapidamente todos os xingamentos que podia imaginar sobre ele.
Ela gostava dele, isso era o que achava pior.
Morria de ciúmes, mas não queria demonstrar, e achava que fingia muito bem, virava o rosto, os olhos enchiam rapidamente de água, não se sabe de raiva ou de que mais, mas o fato é que era só uma mulher chegar perto, tocá-lo, ou soltar uma frase mais doce e intima, que essa tal “raiva” aparecia em sua face.
Ficava na sua, quietinha. Ele não fazia seu tipo, mas não sabia o porque, o neguinho mexia com ela. Era o jeito de falar, de andar, de pensar, tudo diferente dela, mas então porque ele mexia com ela?
Era só uma atração, ia passar.
Imaginou.
E se cansou de esperar.
A atração continuou. Era gostoso pensar, nem que fosse, às vezes, que podia ser a mulher dele.
Pelo menos, quando ele a abraçava, a olhava, se sentia sua mulher. Ficava sem forças de quebrar o olhar, mas aos poucos sentia sua face se enrubescer - talvez por medo de achar que ele estava percebendo tudo, medo dele se achar gostoso, de achar que ela era igual as outras, a achar fácil,não!!!... definitivamente, não queria lhe dá mole assim, tão fácil – e então, virava o rosto, escondendo qualquer sentimento.
Que raiva! Tanta gente pra gostar e logo ele.
O rapaz era marrento mesmo, mas não era má pessoa. Forma de expressar, máscara, sabe?
No fundo, estava cansado da vida de sempre. Nada de novo, os dias estavam muito monótonos. O coração nem vibrava tão gosto. E a única gatinha, que lhe prendia não ligava pra ele. Reparava tudo nela, gostava disso.
Quando ela vinha de vestido é que matava o pobre rapaz. Não conseguia desgrudar os olhos, ficava com medo de parecer idiota, parava e ficava na tua, ia conversar com os amigos, com as amigas. E quando olhava pra ela, a menina estava com o rosto virado, sequer o notava.
Eles não tinham nada em comum,ela nem era afim de samba. Achava ela estranha, mas o pior, é que gostava desse jeito estranho.
Achou que era atração, ia passar.
Imaginou.
E se cansou de esperar.
Sonhava, deseja sua boca. Ficava olhando pros olhos, e sem perceber já estava olhando para a boca. Tentou se policiar. A menina podia achar que ele era um tarado. Teve medo. Dela não aceitar nem mais seus abraços. Teve medo de tocá-la e acabar “demonstrando” seus desejos. A menina ia achar que ele era tarado.
Mas era só, ele abraçar que tinha vontade de lhe apertar e beijá-la. Era só olhar pra ela, que tinha vontade de beijá-la. Quando dormia sonhava que não só estava beijando, como transando com ela, e se fosse mais sincero, deixaria escapar um “fazendo amor”.
Maldita atração que não passa.
E se não fosse atração, fosse algo, mais?
Era algo mais. Mas estava com medo de pensar isso.
Saiu e dançou com uma menina, mas logo a viu no final do salão. Tentou disfarçar mas o corpo estava quente, só de saber que ele estava tão perto dela.E ela nem olhava para ele.
Enquanto isso, ela sentia seu rosto quente e vermelho com “raiva” daquela intimidade que ele dançava com aquela “mulher”.
Maldita atração que não passa.
E se não fosse atração, fosse algo, mais?
Era algo mais. Mas teve medo de pensar isso.
A cabeça dela estava quente. Não agüentava mais o jeitinho do neguinho.
Marrento, galinha, safado, canalha, enfileirava rapidamente todos os xingamentos que podia imaginar sobre ele.
Ela gostava dele, isso era o que achava pior.
Morria de ciúmes, mas não queria demonstrar, e achava que fingia muito bem, virava o rosto, os olhos enchiam rapidamente de água, não se sabe de raiva ou de que mais, mas o fato é que era só uma mulher chegar perto, tocá-lo, ou soltar uma frase mais doce e intima, que essa tal “raiva” aparecia em sua face.
Ficava na sua, quietinha. Ele não fazia seu tipo, mas não sabia o porque, o neguinho mexia com ela. Era o jeito de falar, de andar, de pensar, tudo diferente dela, mas então porque ele mexia com ela?
Era só uma atração, ia passar.
Imaginou.
E se cansou de esperar.
A atração continuou. Era gostoso pensar, nem que fosse, às vezes, que podia ser a mulher dele.
Pelo menos, quando ele a abraçava, a olhava, se sentia sua mulher. Ficava sem forças de quebrar o olhar, mas aos poucos sentia sua face se enrubescer - talvez por medo de achar que ele estava percebendo tudo, medo dele se achar gostoso, de achar que ela era igual as outras, a achar fácil,não!!!... definitivamente, não queria lhe dá mole assim, tão fácil – e então, virava o rosto, escondendo qualquer sentimento.
Que raiva! Tanta gente pra gostar e logo ele.
O rapaz era marrento mesmo, mas não era má pessoa. Forma de expressar, máscara, sabe?
No fundo, estava cansado da vida de sempre. Nada de novo, os dias estavam muito monótonos. O coração nem vibrava tão gosto. E a única gatinha, que lhe prendia não ligava pra ele. Reparava tudo nela, gostava disso.
Quando ela vinha de vestido é que matava o pobre rapaz. Não conseguia desgrudar os olhos, ficava com medo de parecer idiota, parava e ficava na tua, ia conversar com os amigos, com as amigas. E quando olhava pra ela, a menina estava com o rosto virado, sequer o notava.
Eles não tinham nada em comum,ela nem era afim de samba. Achava ela estranha, mas o pior, é que gostava desse jeito estranho.
Achou que era atração, ia passar.
Imaginou.
E se cansou de esperar.
Sonhava, deseja sua boca. Ficava olhando pros olhos, e sem perceber já estava olhando para a boca. Tentou se policiar. A menina podia achar que ele era um tarado. Teve medo. Dela não aceitar nem mais seus abraços. Teve medo de tocá-la e acabar “demonstrando” seus desejos. A menina ia achar que ele era tarado.
Mas era só, ele abraçar que tinha vontade de lhe apertar e beijá-la. Era só olhar pra ela, que tinha vontade de beijá-la. Quando dormia sonhava que não só estava beijando, como transando com ela, e se fosse mais sincero, deixaria escapar um “fazendo amor”.
Maldita atração que não passa.
E se não fosse atração, fosse algo, mais?
Era algo mais. Mas estava com medo de pensar isso.
Saiu e dançou com uma menina, mas logo a viu no final do salão. Tentou disfarçar mas o corpo estava quente, só de saber que ele estava tão perto dela.E ela nem olhava para ele.
Enquanto isso, ela sentia seu rosto quente e vermelho com “raiva” daquela intimidade que ele dançava com aquela “mulher”.
Maldita atração que não passa.
E se não fosse atração, fosse algo, mais?
Era algo mais. Mas teve medo de pensar isso.
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