terça-feira, 25 de maio de 2010

Olímpio


Acordo. O que se reproduz dentro da minha escuridão é a minha ânsia de libertação. Preciso fumar, sem ninguém me olhar. O desejo avança e a preguiça latente na minha cama, se esvai pela luxúria da dependência.
O que é criticado é o que me move, infelizmente.
Não sei se pelo vício ou pelo julgamento, tudo isso me cansa.
Levanto-me enquanto os outros dormem. A cidade está nascendo tão cinza quanto meus pulmões.
O cimento dos prédios são as manias dos homens em se meter em natureza alheia.
Sozinha contemplo aquela beleza do Sol dissimulante em delírios de gigantes palácios aonde as formigas se rastejam por ruelas esvoaçadas.
Vivo o meu Olímpio.
Ai, a luxúria não me acordou do sonho.

Nenhum comentário: